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LEWIS

Por

LEWIS

Publicado em

Março 18, 2016

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Comunicação, Marketing

Com uma preocupação tão focada nos resultados, tendemos frequentemente a esquecermo-nos de que a comunicação é uma capacidade exclusivamente humana.

James Smee, Gestor da Purestone e Simon Billington, Diretor Criativo da mesma empresa, ambos oradores no evento The Big Picture 2016, falaram sobre a humanização do marketing. Este processo coloca o enfoque sobre a pessoa por detrás dos ecrãs e do estatuto de user, a todos os níveis, desde o tipo de meios que consultam e mais frequentemente utilizam, até às suas necessidades e desejos mais profundos.

A humanização do marketing é uma das grandes tendências para 2016 e, por isso, apresentamos a seguir cinco formas de como o fazer:

Contar uma história

James e Simon falaram sobre o destaque dado a histórias em todos os aspetos da esfera digital. Os seres humanos são criaturas sociais e atentos a qualquer história que surja nessa esfera: negócios que utilizem termos muito técnicos ou palavras complicadas serão sempre uma linguagem secundária.

Levar o storytelling para o espaço de trabalho pode efetivamente melhorar a comunicação. Por exemplo, os melhores casos de estudo são sempre histórias: emotivos, mas com uma lógica de negócio concreta.

Compreender-se a si próprio e aos outros

A ciência da Psicologia, o estudo da mente e do comportamento humano é relevante para os marketers. Compreender de que forma a mente trabalha e aquilo que motiva os seres humanos, permite uma comunicação melhorada e mais eficaz a todos os níveis.

A Teoria da Psicanálise de Freud afirma que todos os humanos são controlados por um id, ego e superego, um conjunto de forças concorrentes que integram a estrutura da mente como uma só. James, no seu testemunho, comparou estes elementos a plataformas sociais populares:

O Id: Instintos básicos
O id é o elemento que integra as necessidades básicas do ser humano como a comida, água ou sexo. A plataforma social Tinder, com a sua opção de escolha e a promessa de encontros ilimitados, caracteriza perfeitamente o id.

O Ego: o exibicionista
O Facebook pode ser visto como a materialização deste elemento. O defensivo e idealista Ego comunica entre o id e o superego, equilibrando as necessidades primárias com os ideais superiores do superego.

O Superego: ligue-se à sua rede profissional com o Linkedin
O superego é a expressão das regras culturais impostas pelos progenitores e pela sociedade. A versão de nós próprios no Linkedin é uma versão muito diferente daquela que demonstramos no Tinder.

E é por isso que é melhor separar as águas e… as informações que colocamos em cada conta das redes sociais.

Este conhecimento pode, e deve ser, aplicado às táticas e técnicas do marketing. Perceber a concorrência e os diferentes domínios de cada um em diferentes alturas pode ajudar a aperfeiçoar a mensagem que queremos transmitir.

Tenha em atenção à “Tinderização”da sociedade

Esta aplicação de encontros permite aos utilizadores “gostar” ou “não gostar” de fotografias de mulheres/homens para potenciais encontros, naquilo que em gerações anteriores se fazia na pista de dança no bailarico da aldeia. Esta “tinderização” da sociedade, tornou-se no alimento constante do id e está a espalhar-se para outros setores, desde os supermercados, às escolas, somando cada vez mais elementos à sua passagem.

Esta mudança está a afetar o nosso pensamento como seres humanos e a forma como pensamos acerca dos outros que nos rodeiam. Facilmente esquecemos que aquela pessoa por detrás do perfil no Tinder é real. Mergulhar no ego, para relembrar este facto ao id, é essencial para fornecer um maior entendimento sobre as nossas interações sociais.

Compreender a web está a tornar-se num fator humano

Ainda não chegámos totalmente lá, mas os websites estão a tornar-se cada vez mais inteligentes. O Facebook, a Amazon ou a Google captam as nossas preferências e proporcionam-nos experiências de acordo com essas preferências. À medida que esta tecnologia se torna cada vez mais acessível a mais empresas, podemos esperar conteúdos mais específicos e concretos, tornando a nossa experiência na web cada vez mais humana.

Seja mais humano no local de trabalho

Nas suas intervenções, James e Simon deixaram ainda cinco dicas de como ser mais humano no local de trabalho:

  • Apelida mesmo os visitantes do seu website de users? Esse hábito é uma barreira à interação humana. Experimente apelidá-los daquilo que exatamente são: humanos.
  • A componente visual nunca foi tão importante para os negócios e deve ser sempre uma parte vital da estratégia de negócio.
  • Crie experiências baseando-se em checklists de tudo aquilo que o seu website, ou projeto, deve conter.
  • Surpreenda: crie algo que os seus visitantes não estão à espera e faça com que pensem de forma diferente em relação ao seu negócio.

Dê uma hipótese a estas dicas no seu trabalho e torne-se, também, mais humano: https://www.youtube.com/watch?v=NH0es3eoKGs

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