Steve Jobs fez esta afirmação ousada após ter voltado à Apple em 1997, 12 anos depois da sua saída. A Apple estava perto da falência. O resto é história e todos sabemos o que aconteceu depois. Steve Jobs uma série de inovações, revolucionou computadores, entretenimento, música, vendas, telemóveis e telecomunicações. Por isto tudo e muito mais, não é por isso de admirar que o canal CNBC tenha nomeado Steve Jobs – o líder empresarial mais inovador e transformador dos últimos 25 anos.
Thomas Friedman, colunista do The New York Times, certo dia escreveu: “O dia da média acabou. A média só garante resultados abaixo da média”. Mesmo quando Jobs e o seu sócio Steve Wozniak trabalhavam com componentes eletrónicos no quarto da sua irmã, este nunca teve pensamentos medianos. A necessidade de espaço foi tanta, que rapidamente os dois visionários tiveram de se mudar do quarto para a cozinha e, eventualmente, para a garagem.
Os sete princípios que Jobs utilizou para alcançar o seu sucesso revolucionário podem ser aplicados por qualquer líder empresarial, em qualquer área que pretenda criar uma transformação radical.
1. Faça o que gosta.
A paixão é tudo. A inovação não acontece sem ela. Procure bem dentro de si e identifique a sua verdadeira paixão. Steve Jobs não era um apaixonado por computadores, no entanto tinha uma paixão por construir ferramentas que ajudassem as pessoas a libertar o seu potencial. Uma das mais profundas observações que Jobs fez, ocorreu no final de uma das suas últimas grandes apresentações públicas. Jobs disse: “É a interseção da tecnologia e das artes que faz o nosso coração cantar”.
Pergunte a si mesmo: “O que faz seu coração cantar?” Agora siga a resposta.
2. Veja para além do óbvio.
A paixão alimenta a nossa vida; a visão direciona a vida ao seu destino final. Em meados da década de 70, os computadores pessoais eram utilizados apenas por um nicho de entusiastas que os montavam com peças de kits. Steve Jobs e o co-fundador Steve Wozniak tiveram a visão de “colocar um computador nas mãos das pessoas comuns”. Uma visão ousada e bem direcionada, inspira os evangelistas e põe as forças em movimento. Certo dia Jobs afirmou que o “papel de um líder é contratar as melhores pessoas e mantê-las alinhadas para alcançar a visão”.
Mantenha a sua equipa focada no objetivo.
3. Criatividade é conectar as coisas.
Steve Jobs acreditava que passar por muitas – e diferentes – experiências ao longo da vida, leva as pessoas a conclusões que outros podem ter perdido. E o que quer isto dizer? Alguns investigadores de Harvard passaram meia década a estudar alguns dos maiores inovadores do mundo. A conclusão a que chegaram foi que os inovadores “associam” as ideias de diferentes áreas e aplicam-nas ao produto / serviço em que estão a trabalhar. Pelo que sabemos hoje, esses investigadores poderiam ter poupado muito tempo se entrevistassem apenas o Steve Jobs, que utilizou experiências para inspirar suas melhores ideias.
Jobs nem sempre sabia como os pontos se conectavam, mas acabam sempre por se conectar. Jobs frequentou aulas de caligrafia na faculdade, um curso que aparentemente não iria ter aplicação prática na sua vida. Mais tarde ao lançar o Macintosh tudo fez sentido, pois este seria o primeiro computador com tipos de letra e caligrafia elegantes.
Bombardeie a sua mente com novas experiências e de preferência fora da sua área de conhecimento.
Diga não a 1.000 coisas.
“A inovação vem de dizer não a mil coisas”, disse Jobs. Ao voltar à Apple, Jobs reduziu drasticamente o número de produtos que a empresa produzia, com o objetivo de ter uma equipa de excelência em cada produto. Quando Jobs apresentou o iPhone em 2007, apontou que, enquanto outros fabricantes de smartphones estavam a adicionar funcionalidades e botões, o iPhone iria removê-los, tornando-o mais simples, mais limpo e fácil de usar. Visite o site da Apple e veja como – ao lançar um produto novo – a Apple não coloca o conteúdo que quer promover numa numa página desorganizada, mas sim numa posição de foco e de destaque.
Crie experiências excecionais.
Steve Jobs procurou sempre inovar tendo em conta a experiência do cliente, baseando-se sempre nos melhores modelos e referências. A própria Apple Store foi inspirada no The Ritz-Carlton. Jobs preferiu não olhar para os seus concorrentes diretos, mas sim adotar uma visão mais alargada do que seria uma boa experiência para o consumidor numa loja que vende computadores.
Crie experiências excecionais para todos os clientes. Sempre.
Domine a mensagem.
Steve Jobs era um contador de histórias exímio, mas trabalhou para isso. As suas habilidades de apresentação foram sendo melhoradas ao longo de muitos anos e muitas e muitas hora de prática. Pode ter ótimas ideias, mas se não conseguir convencer os outros a agir com base nessas ideias, eles não o vão ajudar a transformá-las em novos produtos e serviços verdadeiramente inovadores.
Redefina a “história” do seu produto.
Venda sonhos, não produtos.
Em última análise, Steve Jobs foi bem sucedido porque vendeu sonhos, não produtos. Quando Jobs abriu a primeira loja da Apple em 2001, afirmou que a loja não tinha como objetivo a “venda de computadores”. Em vez disso, iria “enriquecer vidas”. Ninguém se importa com o seu produto. As pessoas preocupam-se com elas mesmas. Crie produtos que ajudem as pessoas a alcançar os seus sonhos e vai conquistá-las.
Pare de vender produtos e comece a “enriquecer vidas”.
A inovação mora num lugar solitário. Poucas são as pessoas que têm a coragem de sonhar com ideias radicalmente diferentes e a convicção de seguir em frente com a sua ideia quando ouvem os céticos dizerem: “Não vai funcionar”. Steve Jobs seguiu o seu coração e não deixou ninguém ficar no caminho.
“Não deixe que o ruído das opiniões dos outros abafem a sua própria voz interior”, disse Jobs. “E o mais importante, tenha coragem de seguir o seu coração e intuição. Eles de alguma forma já sabem o que realmente você se quer tornar.”
