O Web Summit Lisboa 2024 terminou recentemente, tendo-se consolidado uma vez mais como um dos epicentros da inovação tecnológica e transformação digital. Ao nível do investimento das startups, estas captaram um total de 37 milhões de euros, o que representa um aumento de 176% em relação à edição anterior. No digital, conseguiu um alcance de audiência sem precedentes de mais de 18.5 mil milhões de pessoas, bem como mais de 12.900 menções em plataformas de órgãos de comunicação social. Assim, o evento serviu novamente como um ‘caldeirão’ para as ideias inovadoras e as discussões críticas que estão a moldar o futuro da tecnologia.
A grande convergência da tecnologia: quando 72.000 inovadores se encontram
Apesar das tensões geopolíticas globais, o Web Summit 2024 manteve o seu poder de atração magnética, tendo registado mais de 72.000 participantes e gerando um grande burburinho nos meios de comunicação.
Tudo começou com um estrondo – literalmente e figurativamente. Enquanto Pharrell Williams eletrizava o público com a sua participação, também foi lançando “wisdom bombs” sobre liderança e colaboração global. Enquanto isso, Sir Tim Berners-Lee, nome incontornável do mundo digital, dividia os holofotes com o Vice-Chanceler alemão Robert Habeck, numa combinação única de poder cultural, político e tecnológico.
Momentos chave do Web Summit 2024:
- Noite de abertura repleta de estrelas: Paddy Cosgrave anunciou que o evento estava totalmente esgotado.
- Palestras provocadoras: com nomes sonantes como como Yulia Navalnaya, figura política e esposa do falecido Alexei Navalny.
- Iniciativa de IA do governo português: que revelou a sua iniciativa pioneira e única.
- Análises aprofundadas: IA, ética, sustentabilidade e o futuro da tecnologia estiveram em cima da mesa.
Olhos postos na revolução da IA, mesmo entre toda a turbulência política global
O cenário político global, incluindo as eleições nos EUA e as controvérsias da plataforma X, influenciaram significativamente as conversas no Web Summit. Em particular, Portugal, China e Ucrânia atraíram atenção substancial, muitas vezes ofuscando outros participantes importantes. Além disso, a competição entre os Estados Unidos e a China pela conquista da Inteligência Artificial Geral (AGI) e a necessidade de estabelecer controles éticos sobre esta tecnologia foram temas de destaque.
A utilização diversificada de emojis nas conversas sobre o Web Summit nas redes sociais refletiu um espectro de reações, desde entusiasmo até reflexão, sublinhando a capacidade do evento de evocar uma ampla gama de emoções e pensamentos.
Uma coisa ficou clara: se o Web Summit 2024 tivesse um personagem principal, seria a Inteligência Artificial.
Contudo, a conversa que lá decorreu não foi a conversa típica sobre tecnologia que todos conhecemos. Imagine a Microsoft a mostrar como a IA pode transformar governos, enquanto a Visa demonstrava o seu poder para apoiar a economia criativa. Já a IBM, a Meta e a Google deram o seu toque pessoal ao evento, oferecendo soluções para tudo, desde sustentabilidade até experiências de utilizador melhoradas.
Vozes do futuro: quem está a ganhar na narrativa da inovação?
Neste Web Summit, ganharam destaque grandes entidades tecnológicas e financeiras, sendo que a conversação foi dominada pela Microsoft, Visa, IBM, Meta e Google. Pharrell Williams liderou as menções no que tocou às personalidades, seguido por diversas figuras políticas e Paddy Cosgrave, CEO do Web Summit, de regresso após a controvérsia com o boicote a Israel na edição passada.
Declarações principais:
- Pharrell Williams: Enfatizou a necessidade de empatia na liderança e também de colaboração global.
- Paddy Cosgrave: Abordou a inovação inclusiva e o papel de Lisboa enquanto anfitriã deste evento agora e para a posteridade.
- Robert Habeck: Apelou à união global no combate às mudanças climáticas.
- Yulia Navalnaya: Defendeu a dissidência digital e a ação contra o autoritarismo.
- Brad Smith: Destacou o potencial transformador da IA e a necessidade de uma gestão responsável.
A proeminência das vozes políticas sobre as dos líderes empresariais refletiu o foco mais amplo do evento, que vai além da inovação tecnológica para se focar em grandes questões globais que impactam o panorama internacional. No fundo, o Web Summit confirma que, no mundo de hoje, a tecnologia não tem a ver apenas com programação e algoritmos – é também (e cada vez mais) sobre histórias humanas e mudança global.
Como a IA está a humanizar o futuro das empresas tecnológicas
O Web Summit 2024 provou que o futuro da tecnologia não está só ligado à próxima grande inovação que possa surgir, mas também à forma como as inovações se ligam a experiências humanas e desafios globais. As conferências no Web Summit são cruciais para novas oportunidades de negócio e interações sociais, onde participantes de várias partes do mundo aproveitam as novidades apresentadas.
Para as marcas e os profissionais de comunicação, demonstrou que as histórias mais poderosas são aquelas que fazem a ponte entre a tecnologia de ponta e as ligações humanas.
Num mundo muitas vezes dividido entre ecrãs e algoritmos, o evento lembrou-nos que a tecnologia mais poderosa é aquela que nos une. Quer seja uma start-up a sonhar alto ou uma marca global que pretende causar ainda mais impacto, a lição é clara: o futuro pertence àqueles que conseguirem traduzir a inovação tecnológica em conexões humanas.
Quer causar impacto no próximo Web Summit? Deixamos algumas recomendações abaixo:
- Envie um porta-voz convincente para amplificar a sua mensagem da forma mais impactante;
- Envolva-se com as narrativas globais através de newsjacking estratégico;
- Prepare-se previamente com insights locais sobre os temas, para aumentar a relevância e o impacto do que tiver a dizer;
- Fomente parcerias e uma ampla rede de networking para aumentar a visibilidade.
Já a pensar no Websummit 2025? Fale com a TEAM LEWIS e veja como podemos ajudar na sua estratégia de comunicação.