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LEWIS

Por

Rui Ferreira Pinto

Publicado em

Dezembro 21, 2018

Tags

Comunicação, Marketing, tendências de mercado

Aumento e evolução de conteúdo criado pelo utilizador

Estudos recentes demonstram que os consumidores têm 50% mais confiança em conteúdos gerados por utilizadores (user-generated content) do que por marcas. Paralelamente, tecnologias como a realidade aumentada (AR), realidade virtual e inteligência artificial (IA) estão a mudar a forma como os consumidores interagem e se envolvem com as marcas.

Numa era de prosumers (consumidores que participam na produção dos produtos), espera-se que as marcas desenvolvam novas formas de envolver as suas comunidades para atender às suas expectativas. Embora anteriormente os conteúdos de utilizadores estivessem restritos às redes sociais, hoje em dia preenchem cada vez mais dimensões no espectro de ferramentas de comunicação.

Em 2022, de acordo com a Gartner, 70% das empresas estarão a testar tecnologias imersivas para uso corporativo e de consumo, e 25% já as utilizarão de forma regular. A startup francesa Elise Technologies é um bom exemplo de implementação dessas tecnologias em painéis publicitários. Este tipo de publicidade com recurso à Inteligência Artificial, permite que os utilizadores publiquem instantaneamente os seus comentários para uma campanha publicitária específica, utilizando as hashtags e keywords recomendadas. Ao longo de 2019, esperamos ver mais marcas a aproveitar estas tecnologias emergentes para levar o conteúdo gerado pelo utilizador ao próximo nível.

 

Vídeo vai assumir um papel estratégico

Num mundo em que 80% de todo o tráfego da Internet será proveniente do vídeo em 2019, é difícil pressionar o botão para pausar a importância do conteúdo em vídeo. Notícias, análise de produtos e vídeos DIY, estão entre os milhares de temas abordados em vídeo que se estão a tornar cada vez mais importantes na nossa vida quotidiana.

As pessoas querem mais vídeos.

Na verdade, 54% dos consumidores querem ver mais conteúdo de vídeo de marcas e empresas. Então, o que irá isso significar para as marcas em 2019? Antes que se julgue o próximo Steven Spielberg e vá produzir as suas curtas metragens, é importante pensar de forma estratégica e garantir que o vídeo não será utilizado apenas como uma ferramenta autónoma. Um único vídeo colocado ocasionalmente nas várias plataformas sociais, não é suficiente para o consumidor de hoje.

Aqueles que já estão a produzir o conteúdo certo, reconhecerão cada vez mais o vídeo como parte integrante da jornada do cliente. Os que não estiverem, terão de começar a pensar seriamente no assunto ou correm o risco de ficar para trás.

À medida que os dados vão sendo melhor mensurados, esperamos ver também um aumento da atenção das marcas na análise de dados nos “bastidores”. Embora ainda exista alguma confusão sobre como as visualizações são medidas em plataformas como Facebook e YouTube, a procura por precisão impulsionará melhorias e incentivará os profissionais de marketing a aprimorar as suas habilidades de análise de vídeo. Isso ajudará as marcas a aproveitar ao máximo a procura por conteúdo de vídeo.

 

Aumento da popularidade do podcast

podcasts

Podcasts são um meio que tem sido relativamente pouco utilizado em Portugal, pelo menos quando comparado com outros países como os Estados Unidos. Segundo os dados recentes da Nielsen, um em cada cinco adultos dos EUA ouve podcasts todas as semanas. Em Portugal a popularidade dos podcasts tem vindo a aumentar, com sucessos como o Maluco Beleza do Rui Unas, Prova Oral com Fernando Alvim ou Governo Sombra com Ricardo Araújo Pereiro, Pedro Mexia, João Tavares e Carlos Marques.

Este crescimento parece estar também ligado ao aumento da utilização de equipamentos smart home como o Google Home ou Alexa da Amazon – quase metade dos proprietários destes aparelhos nos EUA ouve podcasts e audiolivros regularmente. Embora esse número não seja tão alto em Portugal, à medida que o mercado cresce, esperamos que os números de audiência de podcasts acompanhem a tendência.

Adicionar um podcast à sua estratégia, seja participando em podcasts de terceiros ou fazendo o seu próprio programa, não significa apenas mais conteúdo e um novo meio de comunicação. Tem também o potencial de adicionar mais relevância aos seus esforços de otimização nos motores de busca (SEO).

 

Aproveitamento das tendências

Quando a Nike decidiu colocar Colin Kaepernick à frente da sua campanha, o resultado que se seguiu não surpreendeu quem trabalha na área de comunicação. As redes sociais ficaram em alvoroço e de entre as muitas reações à campanha, a mais mediática foram os inúmeros vídeos de pessoas a queimar produtos Nike. O resultado? Um aproveitamento intencional a favor da marca que gerou 31% de aumento de vendas após o lançamento do anúncio!

Esta campanha passou a barreira da “marca com propósito” e entrou numa área muito mais agressiva que desafia as pessoas a fazer uma escolha: está connosco ou contra nós?

Com discussões mais amplas sobre questões sócio-políticas, faz sentido que algumas marcas se associem a movimentos potencialmente polémicos. Não sendo este um fenómeno novo, parece ser uma tendência que deverá continuar. De facto, atualmente o público já espera que a associação por parte de algumas organizações aconteça.

Mas, tirar proveito desta tendência pode ser difícil – especialmente para marcas B2B que, na maioria das vezes, podem estar demasiados preocupadas em jogar pelo seguro.

Em última análise, não basta entrar num movimento cultural, participando cegamente nas grandes conversas ou tentando tornar os comentários sociais uma característica fundamental da sua campanha. O sucesso acontece quando a participação é feita com ousadia e convicção. Com um ponto de vista claro e relevância para o seu negócio e para os seus clientes. Caso contrário, o melhor é simplesmente não dizer nada.

 

Ilustrações personalizadas estão na moda

homepage slack

Depois de anos de imagens “stock”, o fluxo de ilustrações personalizadas está a revitalizar a aparência da web. Passando pelos desenhos minimalistas, à mão ou 3D isométrico, estamos a assistir a um mundo maravilhosamente criativo e diversificado.

Ao absorver as tendências atuais da marca e de UI (user interface), como o minimalismo, gradientes complexos, cores brilhantes e abstração, as ilustrações são mais facilmente adaptadas à marca e proporcionam uma melhor experiência para o utilizador quando comparado com a abordagem fotográfica mais tradicional. Isso resulta não só numa experiência de branding mais pessoal e simplificada, mas também mais divertida e interessante.

Além de serem memoráveis ​​e personalizadas, as ilustrações são ótimas para transmitir mensagens de uma forma concisa e pouco forçada (diga adeus às fotos cheias de pessoas a sorrir!).

À medida que grandes nomes do mercado empurram esta tendência (Slack, Dropbox, etc.), esperamos ver as organizações tradicionalmente mais conservadoras a adotar as ilustrações de forma a modernizar a sua imagem.

 

Se ainda não leu a primeira parte das 10 tendências de comunicação e marketing em 2019, veja o que os nossos especialistas em comunicação e marketing prevêem para o ano que se avizinha.

Bom ano de 2019!

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