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LEWIS

Por

TEAM LEWIS

Publicado em

Fevereiro 29, 2024

Tags

Marketing de Consumo, Tendências de Consumo

As tendências de pesquisa dos consumidores têm vindo a alterar-se todos os anos e, de facto, o tempo em que os consumidores dependiam da publicidade ou do ‘boca a boca’ para inspirarem as suas compras parece uma realidade pré-histórica.


O que faz quando quer encontrar informação online sobre uma marca ou produto? A esmagadora maioria das pessoas dirá, certamente, que utiliza um motor de busca. É por isso que o Google já não é apenas uma marca, mas também um verbo.

“Queres saber mais sobre isso? Googla!”

O panorama digital está em constante evolução e as pessoas adotam novos hábitos e plataformas de pesquisa a um ritmo extraordinário. A forma como procuram informações online está a mudar rapidamente: agora recorrem às redes sociais, a comandos de voz, à pesquisa de imagens e – como não poderia deixar de ser – até à Inteligência Artificial (IA).

Quais serão as 5 Tendências de Pesquisa dos Consumidores para 2024?

Google é o motor de busca mais utilizado em Portugal

Compreender as novas tendências nos hábitos de pesquisa dos consumidores é, por isso, crucial para as empresas que pretendem alcançar o sucesso com as suas estratégias digitais.

Nesse sentido, fizemos uma análise das tendências de pesquisa de diferentes segmentos de consumidores para ajudar as marcas a definir a sua estratégia e aumentar a visibilidade online junto do seu público-alvo.

1. Retalho – Websites de e-commerce

Os Millennials e a Gen Z são quem mais pesquisa produtos em websites de e-commerce.

As primeiras gerações a aderir totalmente ao e-commerce foram os Millennials (36%) e a Geração Z (36%), pelo que são, também, quem mais procura novas marcas e produtos nos websites de retalho online. A Geração X (31%) não fica muito atrás, mas os Baby Boomers (15%) parecem não ter aderido a esta tendência.

Alguns dos fatores que mais influenciam as decisões de compra são uma experiência de compra sem atritos, a otimização para dispositivos móveis e as reviews/opiniões de outros consumidores. Os consumidores mais jovens também valorizam representações visuais reais dos produtos, bem como receber recomendações personalizadas.

O que se segue?

Os consumidores mais jovens são tecnologicamente avançados e mais abertos a novidades. Para os atrair, as marcas devem injetar algo inovador na sua fórmula de negócios, que os mantenha envolvidos na experiência de compra.

Vejamos o exemplo da Temu. Apelidada de “Amazon Chinesa”, a plataforma basicamente transformou o processo de compras num jogo, o que provou ser um grande sucesso entre os Millennials. Os utilizadores mais velhos não estão tão presentes nesta plataforma, alguns motivados pela preocupação com riscos de segurança e outros por não serem o público-alvo, mas acabam por ser atraídos pelos seus preços baixos e ampla seleção de produtos.

compra online ecommerce

2. Redes Sociais – Encurtar a jornada de compra dos consumidores

Atualmente, as redes sociais não são apenas canais de interação com os amigos e a família; são também uma fonte de informação de eleição para potenciais compradores. De facto, os utilizadores indicam que a procura de inspiração para comprar produtos e serviços figura entre as cinco principais razões para utilizarem as redes sociais.

Em Portugal, a Geração Z (48%) é quem mais tende a comprar produtos após os ter visto nas redes sociais, seguindo-se a Geração X (44%); e fazem-no sobretudo no Instagram (57%), no Facebook (54%) e no Youtube (29%).

O que se segue?

As funcionalidades integradas de e-commerce nas redes sociais facilitam aos potenciais compradores a jornada desde a pesquisa à compra com apenas alguns toques no seu ecrã. Estas plataformas tornaram-se locais onde os consumidores podem descobrir, pesquisar e comprar produtos sem sair das aplicações ou fechar separadores.

O conteúdo que as marcas publicam deve ser cada vez mais inspirador e original.

Por outro lado, o facto de a funcionalidade Marketplace do Facebook ainda ser bastante popular entre os consumidores mais velhos deve servir como lembrete de que é importante as marcas manterem presença em diferentes plataformas, se quiserem alcançar consumidores de diferentes faixas etárias.

A geração mais jovem é mais impulsiva na tomada de decisões de compra, pelo que pode ser muito eficaz implementar transmissões ao vivo (‘lives’) para promover produtos. Adicionar um link para compra durante o vídeo pode impulsionar as vendas no momento.

3. Vídeos curtos – Conteúdos rápidos

A Geração Z é quem mais consome este tipo de conteúdos.

À medida que as redes sociais se tornaram mais visuais, a forma como os consumidores procuram produtos mudou, especialmente entre a geração mais jovem. Em Portugal, a Geração Z é a que mais utiliza o TikTok (33%) e o Instagram (75%) para pesquisa e compra de produtos, seguida dos Millenials (TikTok 17% e Instagram 68%).

Uma tendência significativa tem sido a emergência dos vídeos curtos, apreciados sobretudo pelos mais jovens e que se tornaram uma fonte de “consumo fácil” para encontrarem dicas, conselhos e truques.

O TikTok acelerou o processo de pesquisa através de vídeo, oferecendo ao espectador uma dose de informação rápida – e com a recém-lançada ‘TikTok Shop’, agora a compra e venda torna-se ainda mais fácil.

O que se segue?

Para aumentar a sua notoriedade entre a Geração Z e os Millennials, as marcas precisam de gerar conteúdo de vídeo nas plataformas sociais. Os vídeos de alta qualidade não só atraem seguidores, como alcançam um público mais amplo se forem de encontro aos seus interesses – é um facto que os vídeos curtos e dinâmicos são uma ótima arma para impulsionar eficazmente a conversão.

raparigas com telemovel nas redes sociais

4. Imagens – Experiência envolvente

Comprar roupa online está a tornar-se mais envolvente em termos visuais.

A Geração Z é a mais propensa a utilizar qualquer método de pesquisa mais alternativo – e a pesquisa por imagens não é exceção. De facto, 30% da Geração Z já utiliza este tipo de pesquisa para encontrar informações online.

Enquanto uma pesquisa manual provavelmente resulta numa lista de links na página do Google, a pesquisa por imagem é muito mais envolvente em termos visuais. Os consumidores que recorrem a ferramentas de reconhecimento de imagem têm mais propensão para comprar moda, arte moderna e fotografia se as encontrarem através deste método de pesquisa.

O que se segue?

Muitas decisões de compra relacionadas com moda são influenciadas por produtos semelhantes que os utilizadores viram online e e que gostaram. É por isso que muitas marcas já utilizam a funcionalidade de pesquisa por imagem para que possam encontrar produtos semelhantes.

Por exemplo, o Style Match, uma ferramenta de pesquisa visual oferecida pela ASOS, permite aos utilizadores encontrar roupas e acessórios de forma eficaz, carregando ou tirando uma fotografia dos mesmos. Isto reduz o tempo de pesquisa/navegação, simplificando o processo de descoberta de produtos e a experiência de compra como um todo.

Para os ‘fashionistas’, as provas de artigos com realidade aumentada têm sido o ponto alto da experiência de pesquisa . Os utilizadores podem experimentar virtualmente produtos como roupas, óculos ou cosméticos utilizando a câmara do seu dispositivo. Isso ajuda a melhorar a experiência geral de compras, reduz a incerteza associada às compras online e aumenta a confiança e a lealdade do utilizador.

5. Inteligência Artificial – Experiência com um toque pessoal

Uma das grandes limitações da pesquisa manual tem sido compreender o que as pessoas realmente desejam. Agora, chatbots como o ChatGPT já conseguem oferecer uma abordagem personalizada à navegação: quase dois terços dos utilizadores dizem que “falam” com o ChatGPT como se fosse uma pessoa real.

Embora os motores de busca tenham melhorado muito a sua resposta a pesquisas baseadas em perguntas, não há substituto para uma resposta direta. As aplicações com Machine Learning são capazes de construir perfis de consumidores, antecipar comportamentos de navegação e oferecer recomendações hiper focadas – levando a personalização a um novo nível.

É sabido que 15% da Geração Z na Europa utiliza plataformas de IA/chatbots para encontrar informações online. São pioneiros na adoção da Inteligência Artificial e também a geração que mais aprecia receber recomendações personalizadas.

O que se segue?

Não é surpresa que serviços concorrentes, como o Google e o Bing, tenham integrado rapidamente a IA na sua experiência de pesquisa, e o X fez o mesmo. Cada um tem a sua própria identidade, mas o acesso a informações em tempo real foi um verdadeiro ponto de viragem para os utilizadores.

Outro fator distintivo é a forma como diferentes aplicações respondem aos utilizadores nesta corrida para oferecer um “toque mais pessoal”. Para as marcas, a capacidade de interagir com utilizadores que podem não ser peritos em utilizar palavras-chave vai ser bastante valiosa – tanto para a pesquisa orgânica quanto como para programas de pesquisa paga.

É aqui que os chatbots revelam ainda mais utilidade na pesquisa, e podem proporcionar uma experiência mais envolvente, especialmente para as gerações mais jovens.

Conclusões Principais

Os motores de busca manuais, como o Google, ainda estão no topo das ferramentas utilizadas para encontrar informações, mas há concorrência em todas as frentes e é cada vez mais feroz e tecnologicamente avançada. A Geração Z é o a audiência mais aberta a adotar novas formas de pesquisa, como a pesquisa nas redes sociais, por imagem, por vídeos curtos e em plataformas de IA.

A navegação e a pesquisa estão a tornar-se mais visualmente atraentes e mais personalizadas. Os motores de busca tradicionais desempenham um papel apenas na parte superior do funil de compras do utilizador, mas atualmente os consumidores querem uma experiência de compras mais integrada. Desde descobrir um produto offline e encontrar um produto semelhante online até realizar a compra final, tudo deverá ser feito apenas com alguns cliques numa única plataforma.

As marcas devem considerar os novos comportamentos de pesquisa das gerações mais jovens e oferecer-lhes uma experiência envolvente no canal adequado, com o conteúdo e a estratégia de palavras-chave certos.

Se está curioso sobre as tendências que mais podem impactar a sua marca, entre em contacto com os especialistas da TEAM LEWIS e saiba como o podemos ajudar a chegar mais longe.

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