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LEWIS

Por

LEWIS

Publicado em

Março 16, 2021

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Redes Sociais, Tendências 2021

2020 aumentou exponencialmente o número de utilizadores de redes sociais e o tempo de permanência online. Fatores com implicação direta na definição das tendências para este ano. Conheça os 10 principais tópicos que todas as marcas têm de acompanhar para potenciar os seus negócios nestas plataformas de comunicação.


A pandemia mudou a forma de estarmos em sociedade, as nossas prioridades, necessidades e objetivos. A casa passou a ser o nosso lar, mas também o nosso escritório. O teletrabalho e os modelos híbridos (alternância entre trabalho físico e remoto) passaram a imperar. Neste contexto, o nosso tempo de permanência em casa aumentou e foi esse o fator determinante na forma de nos relacionarmos com as redes sociais, com o aumento exponencial do número de utilizadores e do seu tempo de permanência online.

Os dados do mais recentes do Digital 2020 October Global Statshot Report, realizado pela Hootsuite juntamente com a We Are Social, mostram que:

  • entre outubro de 2019 e 2020, mais de 450 milhões de pessoas passaram a utilizar redes sociais a nível mundial, o que representa um crescimento de 12.3% e um número de 14 novos utilizadores por segundo desde igual período de 2019;
  • entre julho e setembro de 2020 houve um aumento médio diário de quase 2 milhões de novos utilizadores nas redes sociais;
  • o tempo médio diário de cada utilizador dividido pelos vários dispositivos (telemóvel, computador, tablet) é de 2h29m;
  • no total, em outubro havia 4.14 biliões de utilizadores de redes sociais ativos, o que representa 53% da população mundial.

Um contexto que alterou a ideia de consumidor ‘tipo’ que conhecíamos até há um ano e que cria um novo mundo em que as marcas têm de se adaptar a novas exigências de procura, que são o dealbar das novas tendências de redes sociais em 2021.

4 Cs

10 Tendências de Redes Sociais para 2021

1. Os 4 C’s

Os consumidores redefiniram as suas preocupações e em 2021 esperam que as marcas se adaptem e respondam às suas novas necessidades, que englobam quatro tópicos essenciais que marcam o tom nas redes sociais, os 4 C’s:

  • Community (Comunidade)
  • Contactless (Sem contacto)
  • Cleanliness (Limpeza / higiene)
  • Compassion (Compaixão)

Ao abordarem estas temáticas na sua comunicação, as marcas mostram-se conscientes dos desejos e requisitos dos consumidores e criam uma empatia e proximidade relacional com os clientes, fortalecendo a sua imagem institucional.

2. Marketing de Nostalgia

2020 fez despertar a ‘nostalgia’ nos consumidores face aos ‘bons velhos tempos’, emoções que vão marcar as tendências das mensagens das marcas este ano nas redes sociais. Esta é assim uma forma de relembrar e apelar às boas recordações, criando um sentimento de empatia e satisfação entre o consumidor e a marca. Um bom exemplo é através da criação de campanhas divertidas nas redes sociais que aludam a sentimentos de bem-estar e felicidade em que o consumidor se reveja e que o ajudem a enfrentar este período de restrições.

2021 Social Media Trends Report refere que historicamente foi durante os momentos de crise que o marketing de nostalgia teve um papel de maior preponderância, como na Grande Depressão dos anos 20 e na recessão no final da última década. Recordar os melhores momentos do passado é a melhor forma de enfrentar as dificuldades do presente e é justamente este um dos tópicos pelos quais passa a comunicação nas redes sociais em 2021.

marketing nostalgia

3. Marketing ‘old-school

Depois da instabilidade vivida em 2020, este ano as ideias disruptivas ou “fora da caixa” vão ser substituídas pelo regresso das marcas a estratégias de marketing ‘tradicionais’ nas redes sociais – como a divulgação de newsletters ou podcasts. O objetivo é facilitar a descodificação da mensagem e o envolvimento com os consumidores, que anseiam por uma comunicação clara e eficiente, que não implique ‘métodos revolucionários’. Quanto mais simples, mais eficaz.

Em simultâneo, e em resposta a um ano marcado pelo confinamento e restrições de circulação, a maneira de comunicar também sofre alterações, e apesar das mensagens de texto ainda marcarem as preferências dos utilizadores, a tendência agora é para a voz ganhar maior expressão na comunicação: voice search; voice notestalk-to-text; e voice Tweets. ‘Da palavra escrita à palavra dita’ é o mote que se assume como uma tendência a seguir pelas marcas nas redes sociais em 2021.

newsletter

4. Marketing conversacional

A ‘voz da marca’ e o envolvimento são grandes tendências de 2021. A estratégia da comunicação nas redes sociais tem de centrar-se na criação de laços com os consumidores através do ‘contacto’ e da ‘palavra’, construindo relações fortes entre o cliente e a marca. A prioridade dos consumidores deriva agora do estímulo à compra – através de promoções ou descontos – para uma preocupação com a informação sobre os produtos, bem como com o posicionamento da marca em termos globais: valores, causas, objetivos e rostos da organização.

Para criar envolvimento e potenciar a fidelização é importante cada marca ter uma ‘voz’ ativa nas redes sociais, partilhando os seus princípios, o caminho que tem construído, os seus sucessos e metas futuras, comunicando de forma transparente e autêntica e investindo em projetos que façam e marquem a diferença, com os quais as pessoas se sintam ligadas e se identifiquem. Humanizar uma marca é o primeiro passo para a ligar aos seus clientes, ao mesmo tempo que se constrói ou se reforça a sua posição de liderança.

5. User Generated Content (UGC)

Os UGC – conteúdos gerados pelo utilizador – são publicados nas páginas pessoais nas redes sociais e partilhados pelas marcas, que mostram assim a experiência que os utilizadores têm com os seus produtos. O inverso também acontece: o utilizador ‘apropria-se’ de conteúdos publicados pelas marcas e republica-os de forma personalizada, adaptando-os à sua experiência, uma tendência que se define por ‘remistura’.

Ambas as modalidades são a melhor forma de uma marca comunicar os seus produtos nas redes sociais, uma vez que a mensagem é ‘sugestionada’ pela satisfação dos clientes nas suas partilhas pessoais. Por outro lado, os consumidores confiam e inspiram-se muito mais na experiência e conselhos de outros consumidores, do que das marcas. Para facilitar e promover os UGC, as marcas devem disponibilizar e promover o acesso livre a portfólio – como imagens, vídeos ou logotipos – inspirando e fomentando os utilizadores a criarem conteúdos para as redes sociais com os seus produtos.

UGC

6. Combate à desinformação

A pandemia acentuou a necessidade de procura de informação verdadeira e evidenciou o perigo da proliferação de Fake News e teorias da conspiração. As próprias redes sociais tomaram medidas neste sentido: o Whatsapp redefiniu as permissões de partilha de mensagens em massa, para atenuar e combater a disseminação de Fake News; o Facebook e o Twitter colocaram um aviso nas imagens cujo conteúdo detetado é suspeito, para alertar para a possibilidade de Fake News. O combate à desinformação nas redes sociais é assim um imperativo das marcas em 2021. Para tal, exige-se que estas sejam autênticas, transparentes e responsáveis nas suas mensagens e que tenham um olhar atento e criterioso na seleção do conteúdo que publicam, para garantir que a informação é 100% confiável. Uma postura que reforça a sua posição e imagem junto do público.

combate desinformação

7. Social Gaming

O maior tempo de permanência em casa aumentou o número de gamers (jogadores), de comunidades de fãs de jogos e de interessados neste perfil de mensagens. O 2021 Social Media Trends Report afirma que entre agosto de 2019 e julho de 2020 o número de pessoas online identificadas como gamers subiu de 31.1 milhões para 41.2 milhões, com o pico a registar-se nos meses de confinamento. Embora constitua um nicho de mercado, esta é uma área com um crescente interesse que sairá reforçado este ano, com a comunicação nas redes sociais a ser decisiva para promover os produtos das marcas junto dos ‘habituais’ e novos gamers. Um nicho de mercado com grande potencial de crescimento que constitui um palco nas tendências de 2021.

8. O poder dos memes

Depois dos stickers e dos GIFs, os memes são a grande tendência online na atualidade: imagens ou vídeos virais com tónica humorística que cativam a atenção dos consumidores. Segundo o 2021 Social Media Trends Report, 55% dos utilizadores entre os 13 e os 35 anos envia ou publica memes semanalmente. Esta é uma tendência para a qual as marcas têm de estar despertas, pelo potencial dos memes em envolver e cativar os consumidores através das redes sociais, o berço de eleição para a propagação deste formato.

memes

9. A ascensão do consumidor socialmente consciente

2020 acelerou uma tendência que se irá cimentar este ano: o surgimento do consumidor socialmente consciente. A geração Z (1995 – 2010) é atualmente a melhor representante deste perfil que irá crescer com o surgimento das gerações futuras. O conceito refere-se a consumidores preocupados com o impacto social em diversas vertentes, como por exemplo: alterações climáticas, ambiente, justiça social, inclusão, igualdade racial, feminismo, educação, igualdade profissional, saúde mental ou mudanças nas tendências alimentares. O consumidor socialmente consciente exige das marcas um comportamento responsável e honesto na sua atividade e tem nas redes sociais o meio de se exprimir, trazendo a debate e alertando para os temas que o preocupam. Ao mesmo tempo, é mais exigente e quer que as marcas deem resposta imediata às suas preocupações.

Esta nova corrente traz novos desafios às marcas e obriga-as a uma adaptação célere para responderem às novas necessidades dos novos consumidores – as marcas que não prestem atenção a estes temas vão tornar-se obsoletas para os mais jovens, os consumidores de amanhã. Um estudo da Forbes em 2019 indicava que 88% dos consumidores querem apoiar e estar ao lado de marcas que tenham causas sociais alinhadas com os seus produtos e serviços.

consumidor socialmente consciente

10. Primazia das redes sociais ‘tradicionais’

Num artigo dedicado às tendências nas redes sociais é essencial olhar também para as tendências entre as várias redes sociais disponíveis. Para 2021 as previsões são de primazia e consolidação das plataformas hoje dominantes: Facebook, Instagram e Twitter.

A resposta é simples: pela sua dimensão e características são as plataformas com maior capacidade para responder às exigências do mercado, adaptando-se rapidamente às novas tendências e hábitos de consumo, enquanto canalizam recursos para fazer frente às redes sociais emergentes.

Um bom exemplo de adaptação às novas tendências é a aposta no social shopping, que permite às plataformas sociais estabelecer a ponte entre as necessidades dos consumidores – que procuram produtos e informações sobre os fornecedores – e a oferta das marcas – que intensificam a aposta nas redes sociais para vender os seus produtos e cativar os consumidores -, constituindo-se como um meio primordial na criação e preservação de laços entre a marca e o consumidor.

Em síntese, num mundo instável como aquele em que hoje vivemos, o online assume-se como o berço da comunicação das marcas. Por isso, quanto mais célere e maior a aposta das marcas na comunicação via redes sociais, maiores possibilidades têm de reforçar a fidelização dos seus clientes e de atrair novos consumidores, enfrentando com maior robustez um ano de 2021 que seguramente se antevê igualmente imprevisível.

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